quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CONDIÇÕES CLIMÁTIMAS

 
  As condições climáticas influenciam praticamente todas as atividades humanas. Na agricultura, pode-se avaliar a aptidão de um cultivo, a necessidade de irrigação e a melhor época de semeadura, conhecendo-se o clima da região. O clima também afeta a formação e a dinâmica dos diferentes ecossistemas do Brasil, sendo uma ferramenta importante para o estudo, o planejamento e a gestão ambiental. 
 

  • CLIMA: é a sucessão habitual dos tipos de tempo por um longo período.

  • TEMPO:  condições do ar atmosférico no momento, de acordo com os elementos que formam o clima: temperatura, pressão atmosférica, umidade, precipitações e massas de ar (os elementos são variáveis).

  • Fatores climáticos: latitude, altitude, continentalidade, maritimidade, disposição do relevo, hidrografia, corrente marítima e vegetação.

Ex 1: Quanto maior for a latitude, menor a temperatura , maior a amplitude térmica( diferença entre a máxima e a mínima temperatura ========== 26ºC – 22ºC  =2ºC) proximidade com  a Linha do Equador)
Ex 2: Quanto maior a  altitude, menor  a temperatura e menor a pressão atmosférica.

 Classificação Da Profª Lisia Bernardes










Pressão atmosférica:  “peso” do ar sobre a superfície, variando de acordo com a altitude e temperatura.
 
  • PRINCIPAIS MASSAS DE AR QUE ATUAM NO BRASIL: as diferenças de latitude e altitude provocam variações atmosféricas, resultando no deslocamento dos ventos e massas de ar das áreas de alta pressão para as de baixa pressão atmosférica. No Brasil, cinco principais massas de ar influenciam em sua dinâmica atmosférica.



  
A -Massa Equatorial Atlântica - quente e úmida.


B- Massa Equatorial continental – quente e úmida.


C- Massa Tropical Atlântica – quente e úmida.


D – Massa Tropical Continental-  quente e seca.


E – massa Polar Atlântica – fria e úmida – intensa no inverno, podendo provocar geadas nas terras altas do sul e sudeste, chuvas frontais e friagem na Amazônia ocidental
 
Devido a sua grande extensão territorial ser cortado pela Linha do Equador e pelo Tropico de Capricórnio o localiza-se na Zona Intertropical, predominando o Clima Tropical e suas variações, além dos climas: subtropical e equatorial.













 
Uma outra classificação  feita pelo meterelogista alemão Wlademir Peter Koppen (nascido na Rússia), através do estudo da vegetação, associou-a a valores numéricos de precipitação e temperatura,criando uma classificação climática geral para o mundo. Seu objetivo era que a classificação pudesse ser usada por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo com cinco tipos de climas gerais.

Grupo A: climas tropicais (ou equatoriais) – onde as temperaturas médias fossem sempre maiores de 18ºC e não houvesse inverno.
Grupo B: climas secos (áridos ou semi áridos) – onde a quantidade de chuvas não ultrapassasse os 300mm anuais e os rios fossem intermitentes. Podem ser frios ou quentes.

Grupo C: Climas temperados quentes (mesotérmicos) – com duas estações bem definidas: inverno e verão.
Grupo D: Climas de neve (frios e microtérmicos) – caracterizar-se-ia como clima-limite para o crescimento de florestas. As temperaturas girariam entre -3ºC e 10ºC.

Grupo E: Clima de gelo – a média de temperatura do mês mais quente seria inferior a 10ºC.




Baseada nas médias térmicas e nas precipitações

1ª letra (maiúscula): tipo geral do clima

A-      clima quente úmido
B-      clima seco
C-      clima mesotérmico

2ª letra (minúscula): regime de chuvas

      f - chuvas o ano todo
      m - chuvas o ano todo(com uma estação seca)
       s – chuvas de inverno
       w – chuvas de verão
       w´ - chuvas de verão e outono

3ª letra (minúscula): temperaturas

a-       verão quente e inverno brando
b-       verão brando e inverno rigoroso
c-       sempre quente.

 
Para o Brasil a adaptação resultou em:


   CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KOPPEN



















Fenômenos: La Niña e El Niño:  que aparecem no Pacifico Sul vindo da costa da Indonésia   a´te a costa sul-americana.
  • El Niño: aquecimento das águas superficiais do pacifico sul provocando maior estiagem no sertão nordestino e na Região sul intensas chuvas em conseqüência da estagnação de uma frente fira que não consegue avançar sobre o massa de ar que quente que permanece sobre o centro-norte e NE do Brasil.

  • La Niña: que é oposto ao El Niño, corresponde ao resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental formando uma “piscina de águas frias” nesse oceano. À semelhança do El Niño, porém apresentando uma maior variabilidade do que este trata-se de um fenômeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático.

Consequências

Entre os meses de Dezembro e Fevereiro:
§                     Aumento das chuvas na região nordeste do Brasil; principalmente no setor norte, a qual corresponde os estados do Maranhão, Piauí, Ceará e oeste do Rio Grande do Norte
§                     Temperaturas abaixo do normal para o verão, na região sudeste do Brasil;
§                     Aumento do frio na costa oeste dos Estados Unidos;
§                     Aumento das chuvas na costa leste da Ásia;
§                     Aumento do frio no Japão.
Entre os meses de Junho e Agosto:
§                     Inverno árido na região sul e sudeste do Brasil;
§                     Aumento do calor na costa oeste da América do Sul;
§                     Frio e chuvas na região do Caribe (América Central);
§                     Aumento das temperaturas altas na região leste da Austrália;
§                     Aumento das temperaturas e chuvas na região leste da Ásia.